segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
INSS ignora reabilitação de segurados.

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem ignorado sua responsabilidade com relação à reabilitação de segurados que estão no auxílio-doença.

A auxiliar de limpeza Rosália Fernandes de Moraes, 40 anos, de Santo André, e o vendedor João Vanderlei da Silva, 55, de Mauá, ilustram bem a negligência do órgão que deveria assegurar bem-estar aos milhões de trabalhadores que contribuem mensalmente.

Rosália está afastada do trabalho há 3 anos e meio por causa de tendinite nos ombros, punhos e perda de força muscular. Ela até foi encaminhada para reabilitação, mas permaneceu com o problema e a empresa onde trabalha, o Colégio São José, solicitou seu retorno ao INSS.

No dia 24 de outubro ela recebeu o último salário referente ao auxílio-doença, mesmo mantendo a incapacidade laboral, e agora aguarda resposta ao pedido de reconsideração. “De lá para cá os peritos dizem que eu não tenho nada e ignoram meus exames”, reclama.

A situação de Silva é parecida. Funcionário das Casas Bahia, teve de se afastar em junho de 2002 por causa de uma hérnia de disco na coluna lombar. De perícia em perícia foi recebendo o auxílio-doença e em junho do ano passado fez uma cirurgia que não resolveu completamente o problema. Para piorar, em 23 de dezembro o benefício cessou e agora ele aguarda nova perícia para ver se volta a receber.

Curiosamente, até o dia 14 de novembro de 2006, Silva recebia benefício no valor de R$ 2.152. Teve negada a prorrogação do auxílio-doença por um certo período e quando voltou a receber, em fevereiro de 2007, o valor havia caído para R$ 1.496.

“Queria entender os critérios do INSS. Eu gostaria de voltar a trabalhar, mas sinto dores e mal posso me movimentar”, conta Silva.

‘Altas indevidas são para reduzir custos’

Do Diário do Grande ABC

“Na minha opinião, dar alta sem que o segurado esteja devidamente reabilitado é uma prática deliberada do INSS com a finalidade de reduzir custos.”

A frase é da médica e pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) Maria Maeno, que critica a Previdência Social por não apresentar uma política consistente de reabilitação profissional.

Para exemplificar a falta de política de reabilitação do INSS, Maria toma como base a rotina de um bancário que tenha quebrado a perna.

“O bancário trabalha sentado e usa principalmente as mãos para digitar. Mas devemos considerar que ele terá de se locomover de casa até a empresa, que haverá a necessidade de se levantar várias vezes e que os médicos recomendam deixar a perna levantada. Num setor competitivo como o bancário, é claro que ele não está capacitado para exercer a função. Mas não é assim que os peritos do INSS costumam enxergar”, diz Maria Maeno.

Especialista no assunto, a médica explica que reabilitar não é apenas mandar o funcionário mudar de setor. É preciso que haja uma pesquisa em torno da vida do trabalhador para que seja possível oferecer possibilidades reais de trabalho.

“Mas o INSS não possui funcionários em número nem com qualidade para fazer isso”, afirma.

Dificuldade financeira é situação em comum

Do Diário do Grande ABC

Tanto a auxiliar de limpeza Rosália Fernandes de Moraes quanto o vendedor João Vanderlei da Silva enfrentam dificuldades financeiras por estarem afastados do trabalho e sem receber o auxílio-doença.

Com a alta médica, Rosália ficou sem o benefício, mas não está recebendo da empresa porque o médico do trabalho, ao contrário do perito do INSS, a considera incapacitada para atividade laboral.

O caso de Silva é um pouco diferente. Como ele recebia benefício de R$ 2.152, ficou quase três meses sem o auxílio-doença, e depois voltou a receber menos (R$ 1.496), acabou contraindo dívidas que ainda não conseguiu quitar. Com a alta recebida em dezembro, sua situação deve piorar, já que não consegue trabalhar.

RESPOSTA - O INSS, por meio da assessoria de imprensa, informou que “os laudos médicos particulares apresentados pelos beneficiários são auxiliares. A concessão de benefício depende da análise do perito médico que verifica se o cidadão está incapaz para o trabalho. Para tanto, ele se baseia no exame médico pericial e no que determina a lei. Se fosse para simplesmente considerar os laudos particulares não haveria razão para contratação de peritos médicos.”

A assessoria do órgão também disse que “Rosália foi encaminhada à reabilitação, mas a empresa onde ela trabalha não demonstrou interesse.”

Com relação aos diferentes valores pagos a Silva, o INSS disse “ter detectado uma inconsistência e que será feita a revisão do benefício. Caso fique comprovado que o correto seja o maior, ele receberá a diferença. Mas se o benefício tiver sido calculado para mais, a diferença será cobrada do segurado.”



Fonte:

Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC



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posted by Arthurius Maximus at 01:21 | Permalink |


5 Comments:


At 7 de janeiro de 2008 às 15:59, Blogger Bernardo Lima

Opa, blz?
vim retribuir a boa visita que fizeres lá no Reflexões.
É realmente importante para meu blog, seus comentários críticos e avaliadores

felizmente em alguns lugares as pipas não foram extintas...

Aguardo mais visitas tuas lá no Reflexões!

Grande abraço!

 

At 7 de janeiro de 2008 às 21:38, Anonymous Anônimo

OLÁ!!! SEMPRE ESTOU ACOMPANHANDO AS NOTICIAS POR AQUI PRA QUEM TEM L.E.R. ESTOU NESTE QUADRO A 1 ANO (HERNIA DISCO CERVICAL, TINDS NOS OMBROS, CUTUVELOS E PUNHOS) FORA AS TENDS NOS DOIS PÉS. QUERO DIZER (JUNTA TUDO E JOGA FORA) RSRSRSRSR PRA DESCONTRAIR... AMANHÃ TENHO PERICIA (08/01/08) E ACHO Q VÃO ME DAR ALTA. POR MAIS Q MEUS MÉDICOS (NEURO CIRURGIÃO ORTOPEDISTA E FISIOTERAPIA) DIGA Q NÃO ESTOU APTA P/ VOLTAR AO TRABALHO (TELEMARKETING). TRABALHO A MAIS DE 10 ANOS NESTA ÁERA.... TEM HORA Q O CORPO NÃO AGUENTA... AMANHÃ VOU DIZER COMO FOI... ABRAÇOS E ATÉ LÁ.
MARCIA ALBUQUERQUE!!

 

At 6 de abril de 2008 às 15:58, Anonymous Anônimo

nosso ministro da previdência não passa de um paul mandado do governo Lula,ele se intitulava representante dos trabalhadores e hoje como ministro cria essa dificuldade toda para que o trabalhador consiga receber um miserável auxílio doença.no di 28/03/08,fui periciado na APS em Vilar dos teles em São João de Meriti,a (médica)se é que posso chamá-la assim mediu com uma fita métrica o diâmetro dos meus dois joelhos,não leu o meu laudo médico e ainda me indeferiu o pedido de auxílio doença por dores na coluna cervical,causada por três hérnias de disco.Eu gostaria de saber que médico é esse que pericia hérnia de disco medindo a circunferência dos joelhos do segurado.

 

At 9 de abril de 2008 às 11:27, Anonymous Anônimo

oi!estamos no mesmo barco furado onde o inss quer mais é que ele afunde p/ sobrar mais p/ dividir entre os fraudadores,o q vcs acham?tenho uma lesão no tornozelo que me impede de diambular sem uso de bengala,trabalho como auxiliar de enf. e me deram alta,sem direito a reabilitação.O que acham disso????cambada!!!não? vivemos em um país onde no congresso não prescisa nem estar doente p/ se aposentar,e que sallllario emmm,até breve.

 

At 23 de junho de 2008 às 16:55, Anonymous Anônimo

E digno de pena que fala bem do INSS ou nunca teve que utilizar dele.Tenho o diagnostico F60.3 Trastorno Anti-Social não acho nem um pouco bonito sofrer de crises é ser internado em hospitais psiquiatricos mais tenho este problema é tenho que mi curar. Tive o beneficio cessado pois o medico perito disse que estav lucido , com uma boa aparencia , quenem de longe tinha problemas mentais. Mesmo com o laudo do medico é 5 anos é 6 meses de tratamento forão dispresados vou processar ele vai ter que provar que estou mentindo, amigos vou tentar ver como entra no ministerio publico mais uma andorinha só não faz verão é o ministerio publico não atua em um caso só por isso vamos nos unir é questionar essa pericias junto a justica entrem em comtato comigo pelo e-mail max-viana1974@bol.com.br a união faz a força. Obrigado

 
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