segunda-feira, 16 de julho de 2007
EDITORIAL.

A VOZ DO “UM”.

Mais uma vez, tenho que pedir desculpas a todos os que recebem esse boletim ou, de alguma forma, anseiam receber aquele aviso de atualização para dar uma “corridinha” e ler algo interessante. Nesta semana passada, estive doente e de cama com uma gripe poderosa desde quarta-feira. Além da gripe, minha sinusite resolver “incorporar” e reapareceu para participar da festa. Enfim; ainda estou totalmente sem voz, surdo do ouvido esquerdo e ouvindo mal do direito. Ainda muito congestionado, mas já consigo pensar. É incrível como um vírus ínfimo pode derrubar alguém com mais de 100 Kg (pra ser modesto e não assustar o pessoal). Há muitos anos não ficava gripado. E tudo se foi acumulando pra explodir num único evento terrível para mim.

Por isso as mensagens de atualização não foram enviadas. Eu estava de cama e só hoje me sinto melhor.

Mas, vamos aos fatos:

Nosso boletim faz pouco mais de um mês de vida, e temos cerca de 103 pessoas cadastradas para receber o e-mail avisando das atualizações. Graças ao novo formato em blog, é possível contar com ferramentas de medição da eficácia e da freqüência de visitas. Isso tudo nos leva a uma reflexão interessante que eu gostaria de partilhar com vocês:

Pura matemática simples:

103 pessoas estão inscritas para receber os e-mails de atualização. Teoricamente, esse seria o número de visitas semanais que teríamos correto? O que resultaria num total de visitas nessas cinco semanas (não considero esta que seria a sexta), de 515.

385 Visitantes únicos foram às pessoas que compareceram, leram ou não os textos, sem considerar-se qualquer outra coisa.

Do total acima, 35,32%, chegaram até nós pelos mecanismos de busca e não eram cadastrados pela comunidade. Logo, o número de visitantes da comunidade cai para 249 membros.

Dos 249 membros atuantes que nos deram a honra de visitar-nos, 77,14%, só o fizeram uma única vez. Algo perto de 192 pessoas. O que nos dá o interessante número de 59 membros, que se deram ao trabalho de comparecer por mais de uma vez.

Mas de todos mesmo, o número mais interessante é 1,56%, que corresponde aos membros que se cadastraram e comparecem todas as semanas. Isso dá, mais ou menos, umas 4 pessoas. Se levantarmos o dado interessante de que somos 6 moderadores, e todos recebem os avisos de atualização e, teoricamente, deveriam visitar o boletim para pelo menos entender o que está acontecendo para o caso de ser perguntado por algum membro; chegaremos a incrível conclusão de que nem isso vem acontecendo.

O fato é ainda mais interessante, quando esses dados são comparados com a pesquisa feita na comunidade que sacramentou em ótimo (61%) o conteúdo do boletim.

Sinceramente, isso não me surpreende. Nessa comunidade encontrei pessoas fantásticas que apesar de todos os seus problemas de saúde e até familiares, como a Nethe, a Nancy e a Andréa, encontraram forças para participar e lutar em todas as ações que procuramos implementar usando o poder de nossos mais de 3.400 membros. Todas essas ações, criação de uma associação para nos defender, uma petição para punir os maus peritos e tantas outras; deram em absolutamente nada.

O comodismo, a inabalável capacidade de acomodação e a mente de escravo que a maioria teima em apresentar, apenas me fazem ver que quando os peritos nos chamam de “encostos”, “acomodados”, “parasitas”, “vagabundos” e nos maltratam e humilham descaradamente sem temer nada nem ninguém, sabem que ninguém vai elevar a voz contra eles. Sabem que o gado é manso e que as pessoas se sentem tão acuadas que suportarão a tudo calados. Aceitando quaisquer humilhações.

Isso me faz lembrar aquelas filas de judeus caminhando para a morte nos campos de extermínio. Eram milhares, os guardas alemães; algumas dezenas. Mas, mesmo assim, caminharam passivamente para a morte ao invés de lutarem. Muitos morreriam, porém a maioria sobreviveria. Sua apatia e aceitação da situação, condenou a todos. É isso o que vejo nessa comunidade dia após dia. Choramingos, reclamações, gritos de apelo e sussurros vindos dos porões do medo. Contudo, na hora em que se apresenta a chance de se libertarem, não se faz nada. Não querem arriscar seus mundinhos.

Para mim chega. Esse medo fede e contamina tudo a sua volta, sugando a vontade de lutar e a força moral que nos impele para a vitória. Estou farto. Tenho as mesmas doenças que vocês, sinto dores lancinantes todos os dias. Não saio da minha casa a mais de oito anos devido a essas dores que me tolhem os movimentos. Apesar de viver a mercê do INSS, combato diariamente os maus profissionais deste órgão abertamente aí na comunidade ou em qualquer lugar com meu nome verdadeiro. Patrocino ações judiciais nas esferas trabalhista, Cível e Tributária Federal contra uma empresa das mais poderosas de nosso país de peito aberto e sem medo (o Banco Itaú). Edito um Blog chamado: UM PAÍS CHAMADO UATI, onde relato todos os acontecimentos que me levaram a invalidez e o assédio moral que sofri. E vocês? O que fazem? Escondem-se embaixo da cama quando o telefone toca? Aterrorizam-se e tem calafrios diante de um perito? Enquanto não entenderem que é isso que dá força a eles (o seu medo), e unirem-se para expor seus problemas e com a força do grupo esmagar a todos. Não terão valor algum para eles. Continuarão sendo os “encostos” e “vagabundos” que querem apenas um “benefício”.

Desligo-me da comunidade. Manterei o blog para quem quiser continuar passando por aqui.

E para que entendam a força verdadeira do “UM”, leiam o próximo texto. Percebam o que uma pessoa pode fazer se encontrar outras que tenham força de caráter e disposição para a luta.

Um abraço.

Salviano

 
posted by Arthurius Maximus at 04:58 | Permalink |


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